Para que as implantações do Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saneamento (GSAN) sejam cada vez mais eficientes e eficazes, é necessário que o conhecimento de todas as funcionalidades oferecidas pela ferramenta esteja disponível de uma maneira geral, em uma abordagem de processos de negócios.

A eficiência e a eficácia dos processos nas organizações têm como premissa o fácil acesso ao conhecimento dos seus requisitos, processos, subprocessos e configurações essenciais. Nesse contexto, este Guia Geral de Processos abordará as etapas de gestão do processo da DESO que as empresas operadoras de cartão de crédito e débito para pagamento precisam seguir, no intuito de se credenciarem para o recebimento dos débitos/créditos vinculados aos usuários da DESO, podendo utilizar qualquer plataforma de pagamento, sob sua responsabilidade, desde que integrada ao sistema da DESO e à entidade arrecadadora. Partiremos de uma visão macro de modelagem de processos com vista ao alcance de resultados.

Estimamos que esses resultados alcançados sejam um conhecimento macro das normas e dos conhecimentos mediante os quais um processo é realizado no GSAN; um conhecimento geral do processo, capaz de identificar suas sequências no fluxo do GSAN, bem como os cadastros e as configurações que influenciam cada etapa, além de um conhecimento geral da entrada e saída de cada processo, e sua dependência ou relacionamento com outros processos do GSAN.

É um conjunto de atividades realizadas em uma sequência específica. Tem como objetivo viabilizar a produção de um bem ou serviço que agregue valor ao cliente. Além disso, um conjunto de processos de negócio representa de que modo a empresa funciona e produz seus resultados.

Nesse sentido, nosso Guia Geral de Processos apresenta uma visão orientada a processos, direcionada à realidade externa e apresentando uma visão geral de todas as partes da empresa, com fins de atender às necessidades do cliente. É uma visão funcional orientada a atividades colaborativas, mas sem a necessidade de interação de todas as partes relacionadas à atividade.

O GSAN foi desenvolvido com o objetivo de gerenciar operações comerciais de empresas de distribuição de água e saneamento. É dividido em treze módulos de funcionalidades: Contábil, Cadastro, Cobrança, Atendimento ao Público, Arrecadação, Faturamento, Financeiro, Relatórios, Micromedição, Segurança, Batch, Operacional, Mobile e Gerencial.

Nossos guias gerais de processos contêm a descrição das seis principais macrofunções do GSAN: Contábil, Arrecadação, Micromedição, Faturamento, Cobrança, Atendimento ao Público e Mobile, cada qual com um guia específico.

Assim, cada guia geral de processos descreve um único fluxo de funcionalidades conforme as seguintes etapas: apresentação dos conceitos, cadastros básicos, parâmetros, modelagem do processo (que é a exibição do mapa do processo) e seu descritivo (ou detalhamento do mapa do processo através da descrição do fluxo visualizado). O descritivo deve conter quais ações são automatizadas no GSAN e quais são executadas manualmente.

Outros itens podem ser adicionados sempre que a execução do processo e suas configurações necessitarem. Neste guia é abordado o módulo: DESO separado do módulo de Loja Virtual por se tratar de um processo à parte.

A metodologia adotada para a modelagem dos processos do guia geral de processos é a Business Process Management (BPM). O BPM é uma abordagem disciplinar que identifica, desenha, executa, documenta, mede, monitora, controla e otimiza processos de negócio, sejam eles automatizados ou não. A meta é alcançar resultados consistentes, alinhados aos objetivos estratégicos da organização.

Notação é uma representação gráfica das etapas de trabalho de um processo. A notação padrão que adotaremos é a Business Process Modeling Notation (BPMN), uma linguagem padrão internacional utilizada para o mapeamento de processos, na intenção de facilitar seu entendimento geral por meio de uma comunicação visual acessível a qualquer pessoa. A intenção é diminuir as lacunas entre a instituição dos processos de negócio e sua implementação, permitindo que processos sejam executados sem abstrações que gerem múltiplas interpretações sobre seu funcionamento.

No processo da DESO, utilizaremos a notação a seguir:

Para que empresas operadoras de cartão de crédito e débito interessadas, efetuem pagamentos à vista ou em até dez parcelas, de contas de água e serviços de clientes da DESO por meio eletrônico, é necessário antes passarem por um processo de credenciamento, integração e homologação. Só depois desse processo, é que estarão aptas a realizar captura, roteamento, transmissão e processamento de transações financeiras no recebimento dos pagamentos, apresentados pela DESO via fatura de serviços, com as bandeiras mínimas: Visa, Visa Electron, Mastercard, Mastercard Maestro e Redeshop.

A seguir, desenhamos esse processo em um modelo macro do processo, seguido de três subprocessos, com seus respectivos passos detalhados.

Na imagem abaixo, apresentamos uma visão geral para facilitar o entendimento do processo de integração entre a DESO, a empresa interessada e o sistema GSAN. Clique sobre a imagem para aumentar seu tamanho.

Agora vamos detalhar o fluxo das etapas do processo macro visualizado acima.

1. O primeiro passo é Credenciar Empresa. Neste passo, o requerimento de credenciamento é encaminhado para a DESO, acompanhado dos documentos exigidos para o credenciamento. Trata-se de um subprocesso, cujos passos estão detalhados AQUI.
2. No segundo passo, Integrar Empresa com Base na Documentação (A.P.I/Checkout), a integração é feita com a A.P.I de Checkout da Loja Virtual, onde, através de um link no site da DESO, é realizada a simulação de pagamentos à vista ou via parcelamento no cartão, dos débitos componentes das faturas enviadas pela DESO. Com o sucesso da transação, passamos para uma A.P.I (Interface de Programação de Aplicações) de pagamento, que integra o GSAN à plataforma de serviços oferecidos pela credenciada. Ao final desse processo de pagamento, os sistemas integrados devem sinalizar / transmitir a informação de que foi autorizado um pagamento através dos cartões de crédito / débito. Esse processo é descrito no fluxo de pagamento por cartão AQUI. Trata-se de um subprocesso, cujos passos estão detalhados AQUI.
3. O terceiro passo é Solicitar Cadastro dos Arrecadadores e das Agências no Sistema Comercial. Toda a credenciada precisa de um número de 3 dígitos que representa seu código para o sistema comercial da DESO (GSAN) de Agente Arrecadador. É neste passo que esse número é cadastrado, lembrando que todos os pontos de venda definidos pela DESO são tratados como agências; logo, cada ponto de atendimento físico onde a credenciada for operar deve possuir um código único que o represente.
4. O quarto passo é Homologar Empresa. Neste passo, a equipe da DESO testa o ciclo completo: 1) cadastramento das empresas credenciadas como agentes arrecadadores no GSAN, 2) simulação dos pagamentos utilizando os equipamentos e sistemas das empresas credenciadas, 3) recebimento do movimento bancário e devida baixa da arrecadação no GSAN, 4) utilização dos relatórios pertinentes para garantir que as transações efetuadas no cartão foram de fato baixadas nos arquivos de arrecadação. Trata-se de um subprocesso, cujos passos estão detalhados AQUI.

Os passos acima correspondem ao subprocesso que descreve os passos necessários para a empresa operadora ser credenciada pela DESO:

1. Primeiro, a documentação da empresa é encaminhada para a DESO. São documentos para pessoas físicas ou jurídicas; de regularidade fiscal e trabalhista; de qualificação técnica-operacional e de qualificação econômico-financeira.
2. Caso a documentação seja aprovada, a empresa é credenciada como operadora de cartão de débito e crédito.

Os passos acima correspondem ao subprocesso que descreve os passos necessários para a integração da empresa:

1. Primeiro, é solicitado um token de acesso. Essa solicitação se repetirá em todos os ambientes em que o sistema seja testado.
2. Depois, ocorrem simulações de pagamento à vista ou parcelamento no site da DESO. Aqui existem duas integrações que devem ser feitas. Primeiro, a empresa precisa consumir a A.P.I de Cartão de Crédito integrada ao GSAN, que é responsável por listar, emitir e notificar o pagamento de débitos. Segundo, a empresa precisa desenvolver uma A.P.I de Checkout que deseja consumir, responsável pela tela de checkout da loja virtual.
3. No terceiro passo, é feita a integração do GSAN com os serviços da credenciada via A.P.I de pagamento.
4. Em seguida, a autorização do pagamentos dos cartões é sinalizada e transmitida.
5. No quinto passo, ocorre a validação dos documentos em revisão. Essa validação ocorre da seguinte forma:
   1. Todo documento em revisão não pode ser listado pela A.P.I da credenciada para pagamento, pois eventualmente tal débito é objeto de disputa.
   2. Imediatamente após o processo de autorização da operadora do cartão e da sinalização desta autorização pela credenciada ao GSAN, este documento deve entrar em revisão com o motivo: PAGAMENTO CREDENCIADA.
   3. O processo de baixa de arrecadação a partir da remessa do arquivo de cobrança faz a baixa normal desse documento em revisão. Na hipótese de a remessa não chegar ou não conter o pagamento em questão, há um prazo de expiração parametrizado em SISTEMA PARÂMETROS.
6. Por último, as chaves de homologação são solicitadas. Essas chaves são um conjunto de USUÁRIO e TOKEN, sem as quais a autenticação não é possível.

Os passos acima correspondem ao subprocesso que descreve os passos necessários para homologação da empresa:

1. Testar Fluxo de Pagamento Completo (Maquineta e Loja Virtual) - neste passo, o funcionário responsável fica de posse da maquineta de cartão/totem, ou quaisquer outros mecanismos que as credenciadas desenvolveram, para poder listar, emitir e realizar pagamentos.
2. Validar Cadastro de Empresas Credenciadas como Agente Arrecadador (DESO) - neste passo, o cadastramento das empresas credenciadas como agente arrecadador no GSAN é validado.
3. Simular Pagamentos com Sistema das Empresas Credenciadas (DESO) - neste passo, pagamentos são simulados, utilizando-se dos equipamentos e sistemas das empresas credenciadas.
4. Receber Movimento Bancário (DESO) - aqui, o ciclo do recebimento do movimento bancário é testado.
5. Dar Baixa na Arrecadação (DESO) - neste passo, é feita a devida baixa da arrecadação no sistema GSAN.
6. Verificar Baixa Via Relatórios (DESO) - neste último passo, são utilizados os relatórios pertinentes para garantir que as transações efetuadas no cartão foram de fato baixadas nos arquivos de arrecadação.

Após a conclusão de todos os subprocessos, a integração das empresas credenciadas é efetuado com sucesso.

E com a descrição do subprocesso de Homologar Empresa concluímos o Guia Geral de Processos de Negócios - DESO Integração: Credenciamento de Empresas Operadoras de Cartão de Crédito e Débito para Pagamento.